31/12/2002


FELIZ   2003



20/12/2002

Curtas

* A quem visitar a "Caixinha de Pandora " e tiver crianças ou gosto por literatura infantil, eu convido a visitar o meu novo blog destinado aos mais novos "Um conto de reis..."

* Se os seus interesses em termos de literatura são variados sugiro que visite a nova edição de "As letras de Paganini" onde encontrará as mais recentes notícias em termos do que se faz de novo na literatura portuguesa.

* Está farto(a) do template do seu blog e quer mudar, mas não percebe nada de HTML? Faça como eu visite o BlogBuster.

* A propósito do BlogBuster o template de "Um conto de reis..." veio de Lá e foi aqjustado à medida pela sua criadora que foi incansável. Obrigada Civana!

17/12/2002

Eu escrevi "o erro", ela escreveu o "o acerto" e resultou neste texto trabalhado a quatro mãos sem prévia combinação,mas com muita inspiração:

O ERRO E O ACERTO DO POETA

Flora Rodrigues
Rosi Luna

Eu pensava que o amor era mágoa, dor, desilusão. Eu
tinha quase a certeza que o amor era aquela eterna
incerteza, aquela dúvida, aquele desassossego de que o
poeta falava.

Eu pensava que o amor era nódoa, flor, ilusão. Eu
não tinha certeza que o amor era aquela eterna clareza,
aquela afirmação, aquele aconchego de que o poeta falava

Eu pensava que o amor era a eterna espera, era a
angústia, o sofrimento, o tormento de que o poeta se
queixava ao vento.

Eu pensava que o amor era uma lanterna de chegada, era
a malícia, entendimento, um carma de que o poeta se
furtava ao juramento.

Eu pensava que o amor era aquela agonia sentida e
forte, a ausência mais dolorosa que a morte. Eu
pensava como o poeta, que cantava as suas mágoas ao
vento, que amor era apenas dor, angústia, sofrimento.

Eu pensava que amor era aquela alegoria consentida e
fraca, a permanência mais deliciosa que a vida. Eu
pensava como o poeta, que louvava as suas alegrias
ao juramento, que amor era apenas flor, malícia, entendimento.

Mas hoje eu sei o que é o amor.
Mas hoje eu perdi a noçao do que é o amor.

O amor é alegria, fantasia, uma doce paixão, um
alegre bater do coração.
O amor é uma dádiva eterna, é um dar e receber sem
parar. É estar ao teu lado sem falar.

O amor é cantoria, uma folia, um salmo da paixão,
um breve tocar da emoção.
O amor é uma diva eternizada, é uma falta de ar sem
receber balão pra oxigenar. É pular do paraquedas sem olhar.

É não ter que esperar, é a felicidade a bater a nossa
porta. É ter a tua mão na minha para caminharmos de
mãos dadas. É um sorriso, um sonho realizado. É não
ter que esperar eternamente por quem está ao nosso
lado.

É ter que contar, é a eternidade pra calar os clamores.
É ter um caminhão para juntar areia de todas
as praias. É uma lágrima, uma fronha esticada. É
ter que olhar o calendário por quem nunca está pra chegar.

O amor é esquecer a angústia, agonia, o sofrimento a
desilusão, porque estamos juntos e desfrutamos
plenamente a nossa paixão.

O amor é lembrar a pelúcia, sinfonia, a melancolia o
ilusionista, porque estamos separados e somos frutos
de uma polpa de paixão.

Eu não sabia o que era o amor ,mas agora que te tenho
a meu lado, eu já sei o que é amor e agora eu sei, eu
tenho a certeza que o poeta estava errado.

Eu pensava o amor era um véu de pele, um veludo desnudo
um balão quanto mais chegasse perto mais longe ele iria.

Eu não sabia o que era o amor, mas agora que te perdi
olha meu estado, eu não sei o que é amor e agora eu não sei,
eu não tenho a clareza que o poeta estava certo.

O erro do poeta

Eu pensava que o amor era mágoa, dor, desilusão. Eu tinha quase a certeza que o amor era aquela eterna incerteza, aquela dúvida, aquele desassossego de que o poeta falava.

Eu pensava que o amor era a eterna espera, era a angústia, o sofrimento, o tormento de que o poeta se queixava ao vento.

Eu pensava que o amor era aquela agonia sentida e forte, a ausência mais dolorosa que a morte. Eu pensava como o poeta, que cantava as suas mágoas ao vento, que o amor era apenas dor, angústia, sofrimento.

Mas hoje eu sei o que é o amor.

O amor é alegria, fantasia, uma doce paixão, um alegre bater do coração.
O amor é uma dádiva eterna, é um dar e receber sem parar. É estar ao teu lado sem falar.

É não ter que esperar, é a felicidade a bater a nossa porta. É ter a tua mão na minha para caminharmos de mãos dadas. É um sorriso, um sonho realizado. É não ter que esperar eternamente por quem está ao nosso lado.

O amor é esquecer a angústia, agonia, o sofrimento a desilusão, porque estamos juntos e desfrutamos plenamente a nossa paixão.

Eu não sabia o que era o amor ,mas agora que te tenho a meu lado, eu já sei o que é amor e agora eu sei, eu tenho a certeza que o poeta estava errado.

15/12/2002

Se

Se Se o tempo parasse
Se o rio não corresse
Se o mar desaparecesse
Se o vento não soprasse
a vida perderia o sentido
A natureza a sua beleza
e o mundo estaria perdido
numa imensa incerteza

08/12/2002

Decidi publicar aqui o texto que não consegui publicar para o tema Alma lavada dos Anjos de Prata

Anjos de Fraldas

Há quem diga que os anjos andam entre nós, encarnando na pele de comuns mortais apenas em algumas circunstâncias em que temos mais necessidade uma palavra ou de um ombro amigo. Há mesmo quem fale em anjos circunstanciais. Aquela pessoa desconhecida que nos indica o caminho quando estamos perdidos. O desconhecido que nos devolve a carteira cheia de dinheiro que esquecemos no café. O desconhecido quem tem a coragem de nos perguntar se estamos bem, quando as lágrimas nos rolam pelos olhos abaixo no Metro. O amigo que não ligava há anos e de repente lembrou-se de nós. O amigo que não víamos há anos e que de repente quando menos esperamos, encontramos no meio da multidão das cidades. Estes desconhecidos e amigos por vezes aparecem quando mais precisamos e quando menos esperamos. Mas por vezes são mesmo aqueles seres pequeninos, que começam a dar os seus primeiros passos neste mundo, que na sua pureza nos ajudam a seguir em frente.

Lembro-me que as minhas sobrinhas tinham pouco mais de dois anos, quando eu atravessei uma fase muito difícil na minha vida, quer a nível pessoal, quer a nível profissional. Sempre que podia aproveitava para passar algum do meu tempo livre com as sobrinhas. Vê-las crescer, aprender a falar e andar é fascinante. Permite-me regressar à infância e ser de novo criança. Talvez por isso mais do que uma tia, as minhas habituaram-se a ver em mim uma companheira de brincadeiras e um ombro amigo para chorar quando caíam ou o balão rebentava. Receber um abraço ou um beijo espontâneo seus são dádivas divinas pela pureza dos seus gestos. Mas houve duas situações que me deixaram, mais do que feliz, de alma lavada. Eu brincava com a minha sobrinha mais nova na minha casa, quando a mãe a chamou para se despedir e se ir embora, perguntei-lhe se me dava um abraço e com um grande sorriso rasgado envolveu-me nos seus bracitos e respondeu-me:
- Muito “apetado”! – O mundo caiu a meus pés, enquanto ela me dava o seu abraço “muito apetado”.

Noutra ocasião recebi a maior prenda de natal de sempre. Estava a ver televisão com a minha sobrinha mais velha. Estávamos ambas caladas, quando de repente ela quebrou o silêncio e articulando as palavras com muito cuidado olhou para mim muito séria e disse:
- Eu amo muito a minha tia Flora.- Espantada olhei para ela e pensando que tinha percebido mal perguntei-lhe:
- O que disseste ?! _ ao que ela repetiu, (pensando provavelmente ter-se enganado nas palavras ) – Tu amas muito a minha tia Flora. - pedi-lhe que repetisse o que tinha dito antes, e que ela tinha falado bem. Então ela repetiu desta vez mais segura e de voz mais clara:
- Eu amo muito a minha tia Flora!

Dei-lhe um abraço “muito apetado” e fiquei com a certeza que enquanto existissem estes seres iluminados pela sua pureza e eu tivesse o seu amor incondicional, todos os meus problemas desapareceriam. A pureza dos seus gestos deixara-me de alma lavada.

Curtas

* Eu mal tenho tempo para actualizar esse blog e decidi criar hoje "um conto de Reis", um blog de histórias para crianças. Vamos ver no que resulta.

*É hoje o lançamento do terceiro volume das Crónicas dos "Anjos de Prata" e eu não pude estar presente,mas espero que saja o maior sucesso.

* Não consegui publicar o texto que escrevi para os Anjos de prata porque o formulário não funcionou e não tive tempo de voltar a enviar. Vou publicar aqui o texto que escrevi para os Anjos de Prata sobre o Tema Alma Lavada com o título: "Anjos de fraldas"