14/04/2002

Névoa

Passo as tardes vagamente

vagamente a meditar,

olhando , distante, distraidamente...

o horizonte longínquo,

o fumo que paira no ar,

fumo ,que a minha boca exala no ar

como sentimentos não ousei sentir,

como palavras que ficaram

por falar ...

Beijo ardente, distraidamente ,

 o cigarro que tenho  na boca

Ah! Como ousei não beijar a tua boca

que me trazia promessa louca

de um dia saber amar!

Como eu desejei que o tempo tivesse parado,

que tudo durasse o tempo inteiro,

Mas tudo passou vagamente

Esfumando-se no nevoeiro,

como o vago apagar

de um cigarro num cinzeiro

 

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