30/04/2002

Juro que não fiz batota e curiosamente ainda estou por ver o filme
Teste da prostituta cinematográfica


Qual prostituta cinematográfica você é?
"Em princípio, criar e coçar é só começar. Mas como é que se faz para começar?

Se tudo depende da primeira frase, já temos uma para entrar neste tema que vem despertando muita curiosidade, principalmente para aqueles que estão se iniciando no mundo das letras. Como se o processo criativo fosse a caixinha de Pandora que cada escritor guarda dentro de si. Essa busca ao tesouro começa com outra pergunta, curta e concreta, que pode gerar respostas longas e subjetivas, pois no entender deste já velho escriba não há arte mais abstrata do que a escrita. A pergunta é: "Como nasce uma história?"

António Torres in Texto apresentado na aula inaugural do Projeto Escritor Visitante, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, em março de 1999.

29/04/2002

Aos 100 anos de idade faleceu o grande jornalista português. O jornalismo português ficou mais pobre.Mas a memória de Fernando Pessa permanecerá para sempre no coração do povo português.

28/04/2002

2001-2002




É campeão!

É campeão!

É campeão!

27/04/2002

Sobre Escrever

Aparece, de repente quando menos espero aquela súbita vontade de escrever. Não importa se escrever no papel é antiquado, eu gosto do cheiro do papel , da tinta, do deslizar da esferográfica, do desenhar das palavras.

Sim pode ser no papel, pode ser no computador desde que escreva. O que faz surgir essa vontade é até para mim um mistério. Um desabafo, um gesto, uma expressão, uma frase que faz com que me assaltem ideias e nasçam personagens por vezes sem rosto mas com alma. Curioso por norma só consigo dar título no fim. Pois no início tenho uma ideia e nasce algo completamente diferente.

Quando escrevi "Obsessão" queria escrever sobre alguém que não conhecia o significado da palavra perder, acabei por escrever sobre alguém que tinha a obsessão de não perder.

Para o tema "Pedra falsa",sentei-me em frente ao computador as ideias não saíam, as frases não surgiam e comecei a dizer : não consigo e.. comecei a escrever partindo da frase ”tu disseste que eu seria capaz” e o texto tomou vida própria. Quando terminei não sabia que título lhe dar, o computador escolheu. Por qualquer motivo guardou as últimas palavras que eu tinha escrito e ficou "Rocha Sedimentar"
.
Acontece-me muita vez um texto tomar via própria ao ponto de eu própria tentar interpretar porque escrevi o que escrevi. Lembro-me que quando alguém falou no processo criativo e dizia que tinha planeado do início o que ia escrever e os sentimentos que queria despertar. Eu pensei: “bem eu não devo ter processo criativo”. Eu imagino os cenários, os personagens , as emoções que quero despertar e não sei porquê os meus textos tomam sempre um rumo diferente do inicial. Outras vezes vou ao sabor "da pena" e acabo por ler o texto como se alguém mo estivesse a ditar e só depois tomo consciência do que escrevi. Penso se mais alguém será assim. Penso se será falta de disciplina ou se será esse o meu processo criativo. Talvez eu não saiba criar de outra forma.

25/04/2002







25 de Abril "E depois do amor..." a liberdade de um país.
Filme: "Os capitães de Abril" realizado por Maria de Medeiros.
Símbolo:Cravo vermelho.

24/04/2002

Choco sem Tinta



Recentemente uns amigos brasileiros vieram visitar Portugal e provaram Chocos pela primeira vez!
Deixo aqui uma receita típica do Algarve e garanto que é muito boa. Mas aviso já , não tente beijar ninguém quando comer esse "petisco"
porque a sua boca vai estar preta e cuidado ao cortar o choco senão a tinta salta. Hum! fiquei com água na boca!

Chocos com tinta

Ingredientes:
1 kg de chocos
1 dl de azeite
1 cebola
2 dentes de alho
1 folha de louro
Sal
Pimenta



Preparação:
Arranjam-se os chocos, sem retirar o saco de tinta. Levam-se ao lume a cebola picada no azeite, os dentes de alho e a folha de louro. Quando a cebola estiver alourada, juntam-se os chocos. Tempera-se com sal e pimenta, tapa-se e deixa-se apurar. Serve-se com batatas cozidas



AH! Deste resultado eu gostei.Afinal "Se eu fosse um animal " eu queria ser um golfinho!

18/04/2002

Encontrei este poema há alguns anos numa revista. Ele faz parte do livro “Namorar” de Cláudia Lopes. O livro, eu não o encontrei na altura e acabei por não comprar, mas o poema guardei-o junto com outras coisas que eu tinha escrito ou que tinha gostado e guardei. Faz parte da minha “Caixinha de Pandora“ pessoal de onde saíram tantos outros.



" Engano"
Tente entender eu bati em porta errada
me enganei de endereço e de pessoa...
veja bem ,não era sua mão
que eu devia segurar
Não era em sua cama
que eu devia dormir,
Mas eu fui ficando
Como quem perde a hora
Ou como quem 
Não tem nada a perder(...) 
Não era para você que eu queria estar dizendo isto.
Desculpe. Eu disquei o número errado
Foi engano.
Não era com você que eu queria estar perdendo tempo
Cláudia Lopes

15/04/2002

Agradecimento Especial



Essa rosa é para Marina W que ensinou a colocar as figuras no Blog.Sem ela eu só teria a telinha amarela.Por isso acho que merece mais que um mero agradecimento,assim "ofereço-lhe" esta bonita rosa amarela.
Um beijo para si Marina
O que é a Caixinha de Pandora? Há alguns meses atrás descobri esquecidos a um canto, contos e poemas que o acaso me fez escrever, há alguns anos. Alguns deles fizeram-me recordar tempos difíceis, outros houve porém que me despertaram agradáveis sensações de memórias adormecidas. O engraçado é que o meu gosto por escrever nunca esmoreceu e por isso lembrei-me de Pandora a Esperança estava no fundo da sua caixa e é isso que por vezes me move a Esperança de não parar de escrever é isso que é a Caixinha de Pandora ,um pouco de mim é aquilo que eu escrevo. Se houver mais quem goste de ler fico contente e se houver quem não goste? Bem ,é difícil agradar a gregos e Troianos não é? Se todos tivéssemos os mesmos gostos que complicado seria o mundo. Porém, aproveitei também esta Caixinha para nela guarda algumas minhas inspirações mais recentes e para mim tem sido giro fazer a comparação dos textos de1989 ou anteriores aos de agora a maior parte dos textos e poemas que aqui tenho são meus, os que não são estão devidamente creditados ao seu autor, porque quem gosta de escrever, gosta de ler e há sempre aquele texto ,aquela frase , aquele poema que ficou e que gostamos de registar. Tenho pensado também em falar dos livros que mais gostei ,quando me puder dedicar com mais tempo talvez faça disso uma pequena rubrica. Sei que tenho actualizado com pouca frequência o meu Blog, mas escrever só por escrever para mim não faz sentido. E para escrever tenho que sentir. Outro motivo é que por vezes ,mesmo que queira não há tempo . Tem sido também uma experiência bonita conhecer esse novo mundo dos blogs no qual sou ainda muito novata. Devo confessar que tive ajudas, estou ainda a dever um agradecimento especial alguém que tem um blog muito especial também. Não me esqueci...

14/04/2002

Névoa

Passo as tardes vagamente

vagamente a meditar,

olhando , distante, distraidamente...

o horizonte longínquo,

o fumo que paira no ar,

fumo ,que a minha boca exala no ar

como sentimentos não ousei sentir,

como palavras que ficaram

por falar ...

Beijo ardente, distraidamente ,

 o cigarro que tenho  na boca

Ah! Como ousei não beijar a tua boca

que me trazia promessa louca

de um dia saber amar!

Como eu desejei que o tempo tivesse parado,

que tudo durasse o tempo inteiro,

Mas tudo passou vagamente

Esfumando-se no nevoeiro,

como o vago apagar

de um cigarro num cinzeiro

 

11/04/2002

Agradecimentos:Quero deixar um agradecimento e os parabéns (pela curiosidade!) a todos que registaram mensagens no livro de visitas. Juliana , você foi a únca que não foi possível contactar pessoalmente, mas fiquei muito contente com a sua mensagem , espero volte sempre! E quando voltar diga onde a posso contactar para trocarmos ideias. A todos os que têm visitado a Caixinha de Pandora, obrigado e espero que gostem e voltem sempre.


Eu sou Vénus e você?

Sem aviso

Chegaste sem avisar...

Sem se ouvir
Um sussurro sequer;
E mudaste a minha vida.
Ajudaste-me a partir o muro
Que não me deixava viver
Que não me deixava amar.
E agora sou feliz
Sei viver
E é por isso que quero gritar
Que te devo a alegria de viver

Insónia

 Noite cerrada, escura como breu

Fria... Fria...quase gelada

Onde é que a lua se escondeu?

Pergunto-me intrigada...

Mas a noite não responde,

Apenas o silêncio longo da noite

Enche o ar.

Não é só a lua que se esconde,

Também as estrelas não

Estão a brilhar.

Suave, docemente uma pequena luz

Me afaga o rosto,

Tenho um sentimento estranho

Uma sensação de conforto de que gosto

Abro os olhos devagar

E percebo que estou a acordar...